Quanto vale a sua primogenitura?


Capítulo 25:19-34Gn
INTRODUÇÃO: Não havia harmonia entre os gêmeos de Rebeca. Mesmo antes de nascerem, eles já estavam lutando entre si. Sua mãe, perplexa, indagou do SENHOR a razão e Ele esclareceu que os dois seriam os progenitores de dois povos distintos, que um seria mais forte que o outro, e que o mais velho serviria o mais novo.
Esaú e Jacó uma analogia entre o bem e o mal
Esaú era o primogênito. Na cultura hebraica esta posição garantia o direito à maior parte da herança (Deut. 21:17), à esperança messiânica e ao sacerdócio da família. (I Cron. 5:1-2). Em termos de hoje, a primogenitura correspondia à posição do crente em Cristo, incluindo: a salvação, a santificação, o serviço e o galardão. Algo, portanto, para ninguém jogar fora.
É uma figura da luta constante entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, entre o Espírito e a carne. Como o SENHOR revelou ao profeta Malaquias, Ele amou a Jacó e aborreceu a Esaú (Malaquias 1:2-3), pois Esaú era de caráter profano (Hebreus 12:16). Mas destaco somente as características de Esaú, quero estudar o perfil de Esaú.
Características de Esaú: 
Esaú que significa cabeludo/ apelido – Edom = vermelho, cor-da-terra (o mesmo que Adão).
Primogênito/ nasceu primeiro,
Esaú cresceu para se tornar um perito caçador (como Ninrode - capítulo 10:9),
Esaú vivia para os prazeres materiais,
Esaú gozava da preferência de seu pai,
Esaú lhe vendeu a Jacó seu direito à primogenitura.
“Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura” (Gn 25.31).
Esaú, porém, jogou fora a sua herança. “Tinha Jacó feito um cozinhado, quando esmorecido, veio do campo, Esaú lhe disse: peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edon. Disse Jacó: vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele respondeu: estou pronto de morrer, de que me aproveitará o direito de primogenitura?... Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura”. (Gen. 26:29, 30,34)
Em toda a Bíblia, Esaú é apresentado como profano. No original grego a palavra profano significa: mundano, vulgar, sem santidade, fora do templo. Esaú faz jus à classificação. Ele sempre se portou como mundano. Outra característica desse homem é o desprezo pelas coisas santas. Veja que raciocínio estranho o deste homem: “que me aproveitará a primogenitura”? Estas palavras revelam que Esaú não se interessava pelas coisas de Deus. Ele não valorizava o que é sagrado. A primogenitura lhe era desprezível. As coisas materiais eram mais importantes. Satisfazer apetite era mais importante que obedecer a Deus. Esaú não entendia as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecia loucura. (I Cor. 2:14). Não podia entendê-las porque a sua mente era carnal, imediatista e mundana. Esaú só se interessava pelo presente, ignorando o futuro e as promessas de Deus.
Será que muitos de nós não somos assim? Quantos de nós, não queremos o evangelho somente quando prometem bênçãos, mas fugimos quando se trata de viver uma vida digna?
Esaú teve um comportamento totalmente diferente ao Filho de Deus. No deserto Jesus desprezou os “pães da tentação”, preferindo o alimento da Palavra de Deus. (Mat. 4:4). A sua comida, na verdade, consistia em fazer a vontade de Deus. (Jô. 4:34).
Desprezo ao sagrado sempre foi presente na história do povo de Deus. Na peregrinação pelo deserto, os judeus desprezaram o pão do céu, tratando-o como “pão vil”. Pouco tempo depois desprezaram a aprazível terra de Canaã que haviam recebido como herança. (Zc. 11:13, Mat. 22:5).
Esaú pagou caro pelo desprezo à sua primogenitura. Mais tarde, quando tentou recuperar a bênção, foi rejeitado. Não houve lugar para arrependimento. Não houve segunda chance.
A história de Esaú é exemplar. Ela serve como advertência para os crentes que valorizam pouco a fé, a Igreja, a Palavra de Deus e a vida cristã. 
Quantos cristãos hoje fazem iguais a Esaú “vendem” sua herança seu direito como herdeiro no reino de Deus por um prato de lentilhas.
Crentes mimados, neófitos, que por qualquer razão coloca em risco sua herança.
Os cultos, a adoração a Deus não é importante, não tem real valor. As pessoas desprezam as coisas de Deus por prazeres mundanos. Como Esaú, esses crentes estão perdendo privilégios e bênçãos, e estão pagando caro por vender sua herança a troco de “bananas”.

Conserve sua primogenitura

Os olhos dele não estavam colocados sobre seu futuro ao lado de Deus, mas sim sobre o aqui e agora. Esaú era imediatista e por apenas um prato de lentilha vendeu o direito a benção de Deus.

Hoje eu te pergunto quanto vale a sua primogenitura? 

Por quanto você a esta vendendo? Você pode estar cansado, desanimado, frustrado, magoado, com fome, sedento, com raiva, com medo e o Diabo pode estar perguntando, por quanto você se vende e entristece o coração de Jeová?
Será que nossa comunhão com Deus vale tão pouco a ponto de trocarmos ela, a ponto de nos entregarmos as depravações e desejos da carne em nome de uma falsa necessidade que seria morta se nos consagrássemos mais a Deus? 
Quantas propostas têm recebido em nossas vidas? Algumas delas são tentações perniciosas. 
Muitos abrem mão dos valores cristãos em troca de um emprego, uma promoção, um namoro, um casamento, ou apenas por alguns momentos de prazer. As necessidades podem ser legítimas, mas isso não significa que devam ser atendidas a qualquer custo ou de qualquer maneira.
Em toda transação comercial justa, existe a troca de coisas com valores equivalentes. No caso de Esaú e Jacó, os valores eram absolutamente discrepantes.

Quais são os nossos valores? 

O que é mais importante para nós? As coisas materiais, visíveis, terrenas, presentes, imediatas e temporárias são, geralmente, mais valorizadas do que as espirituais, invisíveis, celestiais, futuras e eternas. Trata-se de uma grave distorção que o inimigo sabe aproveitar muito bem.
O que é perdido nem sempre será recuperado. O que é vendido, ou voluntariamente renunciado, dificilmente será retomado. Em alguns casos, será impossível, ainda que se peça restituição. 
Estamos acostumados a enfatizar o amor e a misericórdia de Deus, mas não podemos nos esquecer da sua justiça. Precisamos valorizar nossa posição diante de Deus, não deixando que nada venha nos tirar dela.
Não podemos trocar nossos valores espirituais pelas coisas do mundo, imaginando que um dia possamos recuperá-los. 
Vale lembrar que Jesus pagou alto preço por mim e por você na cruz do calvário, preço de sangue. Ele nos ama e quer cumprir em nos todas a promessas para nossa vida, portanto sedes sóbrios e constante para não perder tua coroa.

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